A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Teaser.

Aqui está um bocado dum conto que escrevi.

É uma parte que desenvolvi para a história “A Profissional” para lhe dar mais corpo.

Fica ainda mais assustador acreditem.

Vejam lá.

*

Sentadinho no seu sofá de napa beije, com os tomatinhos avermelhados pelo roçar das cuecas com o escroto suado, cravado de furúnculos pastosos, apoiados num cinzeiro com gelo, técnica desenvolvida exclusivamente por ele com muito orgulho, guarda o segredo duma forma gulosa, porque acha que é um afrodisíaco secreto que o vai salvar do purgatório em que vive.

Tenta em vão por a gaita murcha em riste.

Liga a televisão e sintoniza o canal onde passa a Rutinha Lambona.

Neste episódio, ela está em grande, sim em mesmo grande, e o grunhote frustrado começa a deixar cair a baba pelo queixo.

Ela está a levar por trás. Em grande.

Ele, sem perceber começa a micar o pixotão gigantesco do colega da Rutinha e de súbito, oh milagre de todos os santinhos, que do purgatório o livraram com esta aparição de carne enrolada, começa a sentir o cadáver a ressuscitar. Óh jubilo, oh anjos de coros celestes que dos céus cantais aleluias resplandecentes de cores inimagináveis, oh que o tesão voltou, depois de muitos meses, quiçá anos mesmo, enterrado num sarcófago duma mumificação mofa.

Alegremente, sem tirar o olhar da pixota do actor, até teve o cuidado de tapar a Lambona com um jornal para ficar só a ver o que lhe interessava, desata a esgalhar sem se preocupar com esfolaçansos nem com o gato miante deitado ao seu lado, surpreendido e completamente apanhado desprevenido, de olhos fixos no súbito entusiasmo orgásmico do seu dono, que está dedicado a movimentos repetitivos de inspiração suspeita.

No auge da punheta, levanta-se com um salto do sofá e num estado de transe, sem nunca parar de esgalhar, atira-se com a boca para o ecrã da televisão e com os olhos arregalados como bugalhos, e a língua a lamber o plasma, tenta abocanhar em vão, o caralho gordo que enraba o rabinho gostosão da Rutinha Lambona.

Não consegue vir-se, mas de súbito a sua mente alterada leva-o a pegar no comando do leitor de DVD, aquele redondo, e com um gesto guloso, enfia-o violentamente pelo rabo peludo acima.

Imediatamente, a sua pilinha demasiado fraquinha para esguichar deixa sair o molho de tomate como quem espreme uma bisnaga de maionese rasqueira.

Aquilo parece que lhe estimulou a prostata e desatou a fazer caretas assustadoras junto á pixota do protagonista enquanto sente os espasmos provocados pelo estímulo do comando do DVD.

De imediato a chouricinha volta ao seu estado letárgico.

De volta á realidade, horroriza-se com o que se passou.

Leva as mãos á testa.

A mão cheia de gosma peganhenta acumulada por anos seguidos de frustrações passeia pela careca luzidia até aos tufos de cabelo que sobraram.

“Puta, sua puta,…” deixa escapar estas palavras de inveja, de ódio, produto de uma concepção impossível, de uma vida reprimida por ele próprio.

A partir desse dia, passou a ter sonhos esquisitos todas as noites.

Na cama, agarra-se á almofada e chama-lhe Gastão.

Masturba-se soltando gritinhos infantis.

E a seguir, chora.

*

Ando a melhorar (acho eu) muitos dos meus posts deste blog. Pode ser que um dia possam lê-los e horrorizarem-se para todo o sempre.

Muaaahahahaha!! Muuahahaaha!!!!

Ás vezes tenho medo de mim próprio.

Pensamento ordinário do dia, mas mesmo ordinário digno dum trolha rasqueiro daqueles mesmo badalhocos.

“Pixa mole em cona dura tanto dá até que fura”

E pronto, aqui está uma rizada geral no meio de taloxas e massa de reboco que é chapada com afinco nas paredes de tijolo por este Portugal fora.

Curto betoneiras. Daquelas de camião. As pequeninas não gosto. São pilantras com aquelas rodinhas atrás. Também gosto de gruas. Mas tem de ter cabine e contrapesos, porque aquelas com uns tirantes atrás são pouco dignas para uma obra.

Quero uma obra com pelo menos uma grua dessas.

E muitas betoneiras.

6 comentários:

Anónimo disse...

Jukinha,

Tá fixe. Continua a mandar postais.

Anónimo disse...

tanto erro de acentuação..
ÀS , À

Mário Gabriel disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Intom????
Num se actualiza o tasco???
Humpf...
Abraço

Mário Gabriel disse...

Bravo! Bravíssimo! Quando me demitir vou citar excertos deste post. E mal saia da casa da senhoria. Essa lambona mandriona, se fala outra vez na neta, ataco-a em prol da minha sanidade e obrigo-a a comer musgo com raízes, vermes, and so on, a citar o post.
**Sono! Sono!**
Os erros de acentuação é o menos. Estou certo que o Jukinha os dá por talvez ter queda para a "direita". Como as formigas drogadas.

Anónimo disse...

Em grande, até já conheci alguém que se poderia encaixar na descrição "careca luzidia" e com um ar muito apaneleirado.
Continua és o maior,mesmo,mesmo....

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