Já ninguém sabe ao certo o que realmente se quer fazer. Dever-se-á assumir com toda a frontalidade a temática da questão do relacionamento de todo o sentido epistemológico da palavra ou devemos manter todos os obstáculos que cumulativamente se foram criando ao longo de toda uma existência humana. Já ninguém sabe realmente o que fazer ou o que dizer. Acabou o sentido da revolta, acabou o sentido dos cães que nos ladram e que nos mordem. Já não é possível continuar uma luta que já não exisye, numa luta por ideais ignorados por quem neles encontra a sua própria salvação. Deixai-os berrar. Berrem meus meninos, berrem. Podeis espumar pela boca, espolinhar na terra, cocem-se, cocem-se bastante pois amanhã, quando a sanha vos passar, ides voltar a agarrar a sachola do vosso oficio, resmungar um bocado durante a fria manhã e á tarde fazer-me-eis o pequeno almoço mais saboroso que já tomei.
Sem resistência não há revolta que dure muito tempo. Os engenheiros já demonstraram á muito que tudo o que é rígido acaba por ceder á pressão, á compressão, á torção, ás alterações bruscas no ambiente. O mais resistente é sem duvida o material resiliente que se molda conforme a conjuntura da realidade que vive no momento. E não há pancada que o demova.
Havia um motivo em Metropolis. Vivemos no seu imaginário. Apenas dissimulado por luzes, sons e drogas. Dai-lhes pão e circo.
“Ó Tólas meu filhadaputa ainda chupas pilas a cavalos meu ordinário de merda?”
Um arrepio de frio percorreu a espinha alojada na zona dorsal do nosso menino, Manel Jesus, conhecido por Tólas, alcunha oriunda das profundezas do seu passado obscuro.
Homem de respeito, perspicaz até mais não, Manel Jesus fora um dos maiores pilantras da sociedade moderna.
Actualmente recauchuta pneus de tractor, especialidade fundamentada num talento nato adequirido ao longo de várias décadas agarrado a pistões de quadrúpedes equídeos.
Não ligou ao bebedolas que o importunava e decidiu continuar agarrado ao seu Callipo de morango que fazia girar com amor e nostalgia na sua boca imunda pelos insultos e impropérios que proferiu á sua santa e moribunda mãe. Pobre santa senhora, caridosa alma que merecia dez Nobeis da paz. Uma verdadeira “Underdog” no que diz respeito á caridade.
“És uma puta duma porca que se ocupa exclusivamente a encher essa cona porca com esporra de mamíferos e todo tipo de outras coisas demais!”
Delírios cerebrais, possivelmente até mesmo intelectuais, provocados por um sindroma nunca antes encontrado, provocado pelo excesso de alargamento dos maxilares para acomodar volumes cilíndricos de origem animal.
Preferiu continuar a ignorar o trolha moribundo, besuntado, carregado de pó de cimento que não pára de falar do seu passado vergonhoso.
A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.
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1 comentário:
Eheheheh, tás lá!
:)
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