Ranulfo Pasteleiro viveu grande parte da sua vida a suspirar pela vulva da sua amada.
A Mulher que terminantemente o ignorou, é aparentemente detentora de fartas carnes e generosas geometrias. Indevidamente usadas e abusadas por gentes de talento nenhum, e onde qualquer idumentária intima e religiosa é eclipsada por entre as roscas roliças das suas coisas por demais, torna-se na alegria de viver e na inspiração das obras de arte perfeitamente manufacturafas pelo afincado pasteleiro.
"Parece uma bola de berlim" sisma de forma sistemática, Ranulfo ao olhar vidrado para a labia majora repuxada pela cueca de cetim, Sonha sempre , sonha todos os dias durante a madrugada, com a seringa de pasteleiro na mão treinada pelas décadas de homenagens solitárias a ela prestada, recheia os bolos que viriam a dar um ataque de diabetes ao trolha rendido pela agua fria do balde de cimento, ao advogado frustrado pelo tamanho da sua afirmação, ao rato balofo que assalta o tabuleiro.
No dia da sua partida prematura, Ranulfo nada deixou para trás. Apenas a massa esquecida e uma adoração perdida.
A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.
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quarta-feira, março 09, 2011
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