A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

quinta-feira, setembro 20, 2007

The Legendary Callipo Man

Bem sei que andais a chorar pelos cantos, a limpar o monco pingão e a remela amarela ao cortinado paneleiro dos vossos aposentos.

Bem sei que andais sedentos de intelectualidade badalhoca e desprovida de qualquer utilidade, a não ser a do enriquecimento do vosso espólio de imagens inspiradoras de momentos singulares e monocórdicos de manutenção hormonal.

Eu bem sei que assim andais, cabisbaixos e sem vontade de viver.

Mas rejubilai.

Rejubilai aos céus celestiais, meus cães da areia, dai preces aos aninhos alados, que já vos vou dar mais historinhas criadoras de imagens mentais, autênticos diapositivos incandescentes como ferro quase em brasa, mesmo quase, para vos ficar gravados, ou não, na vossa mente badalhoca, para todo sempre, e que poderão sempre recorrer no momento em que vos falha a inspiração.

Por vezes até pode ficar impregnado no vosso código genético e acabar por ser passado de geração em geração, tal qual essas vossas verrugas esquisitas que vos nascem entre os dedos dos pés. Mas sabeis lá vós o que será isso. Sois vós talvez umas quimeras, criaturas que durante a gestação tenham embebido o embrião gémeo, e por consequência adquirido o código genético de um outro irmão que vos acompanhava.

Agora está a tentar sair.

O gémeo malvado.

Bem sei que á noite gritais como animais. Á noite ouvis sons por trás dos ruidos da cidade. Dos barulhos do campo. Sons indescritíveis que não eram suposto existir. Vindos dum plano de realidade paralelo, onde pensais vós que apenas existe na vossa cabeça.

Mas não.

Os bichos estão lá á vossa espera e estão a chamar. A centopeia na parede é apenas uma ilusão. Estão a induzir-vos em ideias sombrias ainda sem forma ou significado. Mas um dia a névoa vai solidificar e no final ides ver o que vos espera, cães da areia, bois do monte, ruminadores de palha seca, fácil de digerir.

Foi num fresco dia dum calor infernal.

As janelas fechadas, reina na sala a negridão quebrada pelo brilho intermitente da televisão. O homem que se vê no ecrã, fala mudo, a boca, ou o que parece ser uma boca humana abre e fecha.

Feixes de fotões voam por um tubo de vácuo, bombardeiam a retina e iludem o cérebro.

Os olhos, avermelhados pelo sono, ou pela falta dele começam a ver o que realmente lá está.

Na tela do cinescópio, nada que lá aparece existe na realidade. É um plano sobreposto, ilusório como um vidro espelhado que apenas deixa ver num sentido. A realidade está dissimulada dos olhos, mas não está da profundidade cavernosa do inconsciente.

Por detrás da imagem da tela começa a surgir algo, como se se estivesse a formar um horror não cadavérico, não fantasmagórico, não extra-sensorial que ameaça desembrenhar-se das malhas da ilusão fotónica.

O pânico agudo começa a tomar forma. Os fotões tornam-se densos como nevoeiro. O dia acaba.

Ou então os rojões á moda do Minho caíram-me mal. CARALHO! O tinto da pipa estava a travar a língua. Mas tem de ser assim, com rojões é verde tinto, não se metam no maduro e muito menos numa coca-colinha, minhas putas gordas!

E que raio de animais sois vós! Só quereis javardisse! Já um gaijo não pode escrever outro tipo de enormidades carailho!!

Pronto para vos calar um bocado, pegai lá uma historinha, com um começo pouco semelhante e um final não acabado.

E foi num fresco dia de calor infernal que, o Folhetas, descobriu o porquê do sentido da vida em relação ás devidas coisas de assuntos hipotético - javardos.

O Folhetas, esse punheteiro desgraçado, costuma achar que o melhor material para apaziguar a fome da sua dama, continua a ser a língua badalhoca, cheia de gretas e aftas, com que insulta varias vezes ao dia a sua mãe, esta também uma peixeira ordinária sem qualquer remédio.

Todos os dias quando leva a cesta carregada de peixe podre com as guelras molhadas de sangue de boi, para que pareça fresco, puxa-lhes o lustro com um cavalar escarro verde esparramado em cima das escamas mortas. Mas não interessa.

E era assim o dia a dia do Folhetas. Quando não esfregava o gambozino, lambia a rola gorda e peluda da mulher, quando não lambia a rola gorda e peluda da mulher, insultava a mãe do piorio.

Um dia Deus castigou-o.

Muco que lhe escorre pelo nariz, ás litradas sem tamanho, ameaçam faze-lo escorregar pelas entranhas da realidade e assumir contornos estranhos de acidez (plem plem plem msn) alcalina.

Estranhos e contraditórios. Porque é que Deus o castigos assim? E o que é acidez alcalina?

Nunca o saberá, até porque num ataque de ciúme, trincou até arrancar um bocado de carnuça, do primo sacholeiro da pila gorda.

Certo dia, quando se preparava para lamber a rola gorda e peluda da mulher, teve que sair apressado sem começar o serviço, para ir comprar umas minis.

Mas devido á constante catarata de ranho verde que Deus lhe deu, a rola gorda e peluda da sua muy singela esposa ficou já completamente besuntada de muco.

Entretanto o primo sacholeiro de pescoço sairrento e pila gorda aparece de surpresa como sempre mais ou menos aquela hora pré-combinada para fazer sabe-se lá o quê.

A realidade é que a rola gorda e peluda já não precisava de aquecimento, já estava besuntada que chegasse, e pumba há que entalar a pila gorda do primo sacholeiro a sangue frio.

O Folhetas não é burro nenhum. Quando estava a dobrar a esquina que vai ter a rua onde vive, com uma caixa de minis nas mãos, cruzou com o primo sacholeiro e reparou que lhe faltavam umas crostas de sairro do pescoço. Tipo umas tiras de bacon.

Chega a casa, vê que a mulher já tinha mergulhado a rola gorda e peluda no repuxo do bidé, o que não é habitual naqueles casos. Ela costuma esperar que ele volte para acabar o serviço, logo após ir insultar a mãe do arco da velha.

Pega-lhe numa mão e denota que debaixo das unhas, residem vestígios frescos de sairro suado.

Com uma raiva bisontiana, corre pela rua abaixo, lança-se tipo flexa ao lombo do primo sacholeiro da pila gorda e arranca-lhe um bife.

Mastiga e engole.

Entre os dentes ficou um bocado da camisa.

Não faz mal, quando chegar a casa vai lavar os dentes.

domingo, setembro 02, 2007

Lição de vida para as meninas eruditas

Minhas queridas, vejam só o que vos faz estudar muito, procurar muita informação, procurar ter opinião! Vejam o que vos acontece!


sábado, setembro 01, 2007

O horário das gaivotas na parede.

Foi num dia enevoado como outro qualquer, típico do mes de Agosto, que o Bifana desapareceu misteriosamente.
Consta que tudo começou aquando, pela sua imaculada inocência, questionou a menina roliça passeadora das suas maminhas atrevidas por detrás do balcão do talho da terriola.
A empregada, bem alimentada de boas chichas, está entretida a tirar a cueca entalada, que roça onde a esta hora do expediente não deve roçar, quando chega o Bifana, todo atarantado pelo atraso que leva.

"Tem boa fêvera a menina?"

Isto neste momento parece que caiu mal.

A moça do talho interpreta como que apetece e ressabia. Se fosse uma boca vinda dum gaijo gostoso, ainda lhe dava discretamente o numero de telefone num papel colado ao lombo de porco, mas como vem do parolo do Bifana, manda um berro e chama o namorado, ex-sargento da marinha, expulso por ter arrebentado a boca a um pelotão de páraquedistas que lhe perguntaram se costumava atracar de proa, quando o viram vestido com um tútú cor-de-rosa, num momento solitário em frente ao espelho dos balneários.

O namorado, o gaijo do talho, que estava numa sala obscura, de luz avermelhada irradeada pela lâmpada salpicada de sangue espichado, pára de rebentar ossos, tendões e carnuça com um cutelo incrustado de vestígios cadavéricos de várias gerações de vacas e porcos, sai pela porta de fitas plásticas verde com os olhos raiados em sangue.
O braço abominavelmente peludo e suado pelo esforço do cutelo, agarra o pescoço de frango do Bifana e encosta-lhe a cara ao balcão.
A moça do talho, começa a debandar e a dizer que o Bifana mandou bocas adjectivadas em relação á sua labia majora e que lhe apetecia vê-lo guinchar, porque andava com neura.
E pelos vistos viu.
A ultima coisa que se soube do bifana foi daquele dia estranho de Agosto em que foi visto a entrar no talho e de lá nunca mais foi visto sair.
Más linguas dizem que sim, que saiu mas feito em hamburgers.
Outros dizem e com verdade nas suas bocas porcas, que acabou por fugir para a Venezuela com o ex-sargento, justificando com alegadas historias referentes a uma homossexualidade latente do ex-militar que se reprimiu toda a vida e vingava-se na carnuça do talho, e na obsessão do Bifana por carne de porco.
No momento em que viu o rabo arrebitado do Bifana no reflexo da porta de vidro sentiu-se assombrado pelos demonios gays que dentro dele viviam.
Levanta-lhe a cabeça do balcão, e com um beijo lambido, seguido de um gemido extremamente paneleiro mandado por ambos, saem pelas traseiras de mãos dadas, após uma sessão de sodomismo semi-publico, enquanto a moça do talho, alegre feliz e contente faz almôndegas com os restos da carne raspada dos ossos, e faz contas á vida já que agora é a dona do templo da carnuça lá da terra verdejante de frondosas videiras e bons pés de nabiça.

Piupiupiu piam os passarinhos quando paneleiros, os dois, se encontram discretamente na casa de banho do avião que vai esvoaçante para a Venezuala.

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