A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

domingo, julho 20, 2008

Inicios de historias ainda nao acabadas e provavelmente arrumadas para canto.

Justino Felgueiras costumava, segundo ele, conseguir agarrar todas as argolas dentárias dos subjugados á carne e ao sacrifício.
Ó Justino, meu filhadaputa andas tu metido outra vez com aquela malta sadomaso?
O Justino não respondeu. O seu mais recente trabalhito para ir arranjando uns trocos para as minis lá no matadouro a carregar carcaças de porco não era propriamente a ocupação que um vampiro urbano procurava mostrar às fêmeas receptivas ao seu aspecto tísico.
Também, que importa isso, pensa o Justino quando pendura o porco pelo cachaço na argola do armazém frigorifico. Agora até posso treinar com a minha nova dentadura de aço inox mandada fazer no serralheiro, ali na bunda gorda deste porco bem alimentado a bolota.

Entretanto, enquanto chove lá fora e os gatos miam histéricos por causa do fogo que deflagrou no contentor das garrafas vazias, um janota arrogante como merda tenta arranjar-se o melhor que pode debaixo daquele aguaceiro. Era desta que ia conseguir levar quatro patos e dois frangos assados para a casa de banho, e como um pelintra desgraçado, masturbar-se continuamente para aqueles pedaços de comida a fumegar. Não se sabe a razão desta paranóia, mas o certo é que as churrasqueiras tratam este janota arrogante como um deus do churrasco.

Com um pé no bidé e outro na retrete, tenta em vão simular uma surfada numa praia fria e cinzenta do norte. Meteu na cabeça de burro que era assim que se aprendia. Que era assim e não doutra forma, talvez mais pratica e aproximada da realidade. Mas não. Também ninguém se importa. Desde que não parta a loiça e não esparrame o sangue dos cortes na casota de banho, que se foda.

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