A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Bebi 4 bohemias e a seguir escrevi isto.

É escusado dizer que quanto mais o desgraçado do Rolinhas estica a pixota para baixo com a preciosa ajuda dum tijolo amarrado a um atilho de fio norte, mais ele acha que vai ficar mais atraente para as senhoras.

Aprendeu o básico sobre catalizadores quando era um jovem e embrionário engenheiro civil, mas agora com os seus quarenta e cinco anos, continua a achar que o dispositivo mais básico que existe para a sua própria autopromoção face ao sexo oposto é o tijolo amigo da lei da gravidade.

Mas isto agora não interessa a ninguém. O que parece relevante é a forma como pode descascar bananas com os dedos dos pés.

Algo inédito segundo parece pois apesar de surdo, não por defeito do ouvido, mas pela desmesurada quantidade de cera que retem armazenada nos ouvidos, a inata capacidade de descascar bananas com os dedos dos pés deu-lhe uma projecção quase internacional, quase mesmo. Faltou pouquinho pouquinho.

Diz ele que um dia, há-de polir todo o soalho de riga do seu covil com a cera que gulosamente guarda no interior das suas orelhas.

No seu intimo, sabe que tem razão. Vai sempre achar que sim, apesar de a sua empresa ABRIR ASPAS “FODASSE LÁ O JACK LÁLEINE!” FECHAR ASPAS estar praticamente na ruína.

Continuador do negócio da família, herdeiro de um império á beira da ruína, o negócio de entortar bananas está quase na ruína.

Fundado pelo seu tetravô, qual Henry Ford da industria da banana, este visionário barbudo inventou o processo industrial para entortar bananas em grande escala e permitir a que todos tivessem acesso a boas bananas tortas por um preço acessível.

Foi o fundamento ocultado pela sociedade, ostracisado pela história, que deu origem á revolução industrial.

Agora está tudo a acabar. Descoberta feita por cientistas estrangeiros, a genética perversa conseguiu criar bananeiras que dão bananas tortas. Muito mais barato para a produção, pois as frutas vêem já tortas, a industria obsoleta do Rolinhas está na rua da amargura.

E pronto, ide-vos foder.

domingo, agosto 20, 2006

A Prima.

Não é só o calor abafado que queima o rabo nos estofos de napa beije do Citroen que enche o carro. É também o berreiro inaudível do locutor de rádio que vai vomitanto frases inteiras apenas compreendidas por ouvidos treinados num quartel militar, que abafa qualquer tentativa de conversa, de queixa ou de pedido para ir á casinha da próxima bomba de gasolina.

A luz directa aquece ainda mais os cozinhados metidos na mala do Citroen. Cestas inteiras atestadas até cima com panados, bolinhos de bacalhau, ovos cozidos e todo o tipo de enchidos, preenchem o ar com um cheiro pastoso, denso, difícil de distinguir como as cores na paleta dum pintor com Parkinson.


No banco de trás, a bisavó velhota está sentada na ponta da direita a dormir com a cabeça encostada ao vidro da porta. Sua por todos os lados, impulsionada pelas roupas negras que veste.

No meio vai o panelão de arroz de cabidela praticamente a ferver embrulhado em jornais para conservar o arroz quente.

No lado esquerdo vou eu.

Em cima de mim vai a minha prima boa.


Todos os anos como é tradição, há um piquenique na praia. Enchem-se os carros com o farnel, com os putos, com os brinquedos, mesas, toalhas, e sei lá que mais. Tudo o que há em casa desde a baixela de porcelana até á toalha de linho, guardado tudo para aquele dia com o intuito de mostrar aos parolos da plebe que nós somos os maiores e temos classe. Nos dias normais, quando ninguém vê, usam-se os pratos comprados na feira aos ciganos, aqueles pratos castanhos vidrados com uma circunferência preta no meio.

Segue-se aqui a filosofia do que é bom é para se mostrar.

Mas o ponto alto destas idas á praia é sem duvida o arroz de cabidela, onde á mistura com alguns grãos de areia que saltam para a panela por causa do vento agreste das praias do norte, vai-se esbixando fervorozamente a anatomia do galinácio de pouca sorte. Os ossinhos do frango são enterrados como bandeirinhas em filinha na areia para mostrar quem come mais.

No fim do almoço, há que deitar ao sol a jibóiar aquela comida toda e os garrafões de verde tinto carrascão que foram abatidos sem dó nem piedade.


Este ano a prima boa teve que ir no meu colo. Não havia mais espaço por causa do panelão de arroz cabidela.

O calor está cada vez mais forte e a prima boa ainda faz suar mais.

Sentada com o rabo rijinho em cima das minhas pernas, a sacaninha apenas com um pequeno vestido de saia de roda florido e um bikini reduzido por baixo, vai-se chegando, arrantando lentamente as nádegas suadas para cima da zona de perigo, como quem não quer nada.

Fecho os olhos com toda a força que tenho e no fundo do meu pensamento vou berrando para mim mesmo.

“Pensa em coisas tristes… Pensa em coisas tristes… Não levantes meu filhodaputa…”


Nem o berreiro do relato do Vitória de Guimarães - Benfica consegue manter a gaita deprimida. No mesmo momento em que a sacaninha da prima boa, com um sorrizinho matreiro olha de canto com um olhar guloso para o reflexo da minha cara no vidro da porta, arrasta o rabo redondo até eu sentir uma coisa ainda mais quente e palpitante do que o resto do seu corpo lânguido.

Não há hipótese. Ora fodasse vou passar vergonha.

Num ápice a pixota passa de criatura invertebrada a um tiranossaurus rex.

“Ó que caralho, porquê que não trouxe uns calções apertados? Ela agora vai sentir a gaita a encaixar nas virilhas dela!”

Os calções larguinhos, porreiros para deixar entrar o ar fresco e arejar as partes baixas são o ideal para os dias de calor extremo como este dento do carro. Mas não são os mais indicados para quando temos uma prima boa em trajes menores a roçar o rabo e a cona lambona em cima do nosso colo. Não são não senhor.

A pila extremamente gorda e com as veias quase a arrebentar está literalmente encostada á pele da coxa, a pressionar com grande pressão a carne macia da prima boa.

A sacaninha enquanto se foi chegando lentamente para trás, foi também arrastando com o rabo os calções para cima. Sentada com a saia de roda aberta sobre o meu colo, nem por isso que a pôs a resguardar o rabo dela, a assanhada do caralho!

É que agora neste momento o que separa o meu chouriço, que já dói de tão duro que está, da pachacha gorda da prima boa é apenas uma reduzida tira de pano a que chamam bikini.

A prima boa, num acto de ousadia, mete discretamente a mão por baixo da saia e puxa o bikini para o lado, deixando o caminho livre.

Com um ligeiro movimento, inclina-se para a frente, como se para disfarçar, fosse apanhar algo no chão.


A bisavó abre ligeiramente os olhos e de canto parece-lhe ver a bisneta de longos cabelos negros e encaracolados a executar suaves movimentos pélvicos circulares em cima do bisneto corado e de olhos arregalados. O panelão escaldante de cabidela que está á frente não deixa ver mais nada.

Adormece.

O seu sono leva-a aos seus verdes quinze anos, quando era uma moçoila esbelta exactamente como a sua bisnetinha.

Na parte de trás dum carro de bois carregado de palha, que lentamente vai rolando pelos caminhos cheios de calhaus e lama, ela sentada em cima do primo, no meio da palha esgalha violentamente o mangalho do rapazinho completamente enrascado e receoso de ser descoberto pelos familiares que vão á frente a encaminhar os bois com uma vara de madeira.

Enquanto o vento que entra pela janela semi aberta lhe apazigua a angustia do calor, um sorriso aparece na sua linda cara antiga. Algo lhe fez refrescar a alma.

Recordar é viver.

sexta-feira, agosto 18, 2006

História de embalar.

Era uma vez uma princesa, a mais bela de sete reinos que tinha uma maldição de nascença. Uma bruxa porca e ressabiada não foi convidada para a festa do baptizado porque cheirava demasiadamente mal da boca. Como vingança colou á criancinha de sangue azul uma praga terrível, mas uma fada boua (uuuuui mas mesmo boua a puta da fada) conseguiu fazer com que fosse possível reverter a maldição.

Esta princesa quando cresceu era um tesãozinho só, mas a horrivel maldição era um terrivel problema de chulé sempre agarrado aos pés da miúda. Aquilo não se podia, tal era o cheiro. De tudo tentou, de tudo fizeram por ela mas nada, nada. O chulé com o passar dos anos tornava-se cada vez mais impossível de aturar.

O bedume atravessava o castelo para infortúnio dos servos da plebe que como se já não bastasse andarem sempre metidos na merda dos porcos, na bosta dos cavalos e a apanhar com os penicos cheios de trampa atirados das janelas, o povo desgraçado tinha que aturar o cheiro de chulé por cima.

As colheitas começaram a ficar afectadas, os animais a ficar doentes, ninguém parava no reino sem ficar nauseado.

Até que um princepe bêbado que por lá andava a vomitar nos cantos lembrou-se duma coisa que um dia ouviu num bordel de fadas putas.

No meio da ramboia com mais de trinta putas gordas, uma delas já bem rodada e completamente cheia de vinho da pipa, manda para o ar, intercalado por um grandioso arroto “ Só se todos os habitantes do reino da Serra e arredores lamberem os pés da princesa é quebrada a maldição do chulé”

Ora nem mais. A cambalear com o garrafão de tinto na mão a camisa desapertada e os olhos trocados, o princepe como estava constipado por causa das noitadas, e por conseguinte com o nariz tapado e com pouco olfacto, lá consegue chegar ao castelo.

Vira-se para o rei completamente amarelinho de náuseas e diz-lhe que pode resolver o problema se lhe arranjar todas as cabras do reino.

O rei, que já estava por tudo, manda vir todas as mulheres dos ricos bordeis do reino.

“Ora fodasse! Eu quero é daquelas que fazem mééé!” diz o princepe enquanto mete as mãos numas mamas.

O rei, parvalhão do caralho, manda então vir todas as cabras do reino.

O princepe, finório, manda então ordenhar o leite das cabras para uma bacia e manda a princesa gostosa mas mal-cheirosa enfiar lá os pés.

Depois de repetir a operação várias vezes, o princepe junta sal e mais umas merdas lá para dentro da bacia com o leite e o chulé da princesa. Verte tudo para moldes mais pequenos e deixa fermentar.

Passados uns tempos, o leite solidificou e ficou amarelo.

“Faça-se um banquete” ordenou o princepe. “E naum se esqueçam do binho!!”

Começa o banquete, apenas servido com a iguaria fabricada pelo princepe e com o vinho tinto de que ele tanto aprecia.

O povão, de inicio reticente face ao acepipe mal cheiroso como os pés da princesa, não estava lá muito convencido em meter á boca aquela coisa amarela. Preferia só o vinho até o rei ter ameaçado porrada.

Com receio, um grunho badalhoco mete á boca e com os dentes podres, dá uma dentada corajosa.

A cara de prazer do grunho foi contagiante e a partir dai todos os convidados deleitaram-se com esta delícia.

Depois desse dia, a princesa ficou curada do cheiro a chulé e todo o reino ficou a ganhar com isso pois começaram a exportar o queijo da serra para toda a parte.

O rei queria que o princepe se casasse com a princesa, mas ele ao ver tanto vinho e tanto putedo, preferiu acabar os seus dias no meio de centenas de mulheres e tonéis de tinto.

E foi feliz para sempre.

domingo, agosto 13, 2006

A abençoada amaldiçoada. (arranjem titulo melhor atão!!!)

Enquanto calmamente tira a roupa no quarto do seu apartamento no decimo segundo andar, Joaninha não se apercebe da audiência diária que tem. A janela rasgada do quarto voltada a nascente é como um aquário gigante de vidro e betão branco.

A audiência, capaz de provocar as maiores invejas a estações internacionais, cresce de dia para dia e é composta por uma panóplia variada de todo tipo de gente.

Desde o trolha sarapilheiro cheio de cimento entre as orelhas que empoleirado no seu andaime vai chapando o reboco com o mesmo entusiasmo que um cão tem quando passa por um cesto de uva vindimada, até ao senhor doutor juiz, habitante da parte rica da cidade que sobranceira á encosta do outro lado do rio a mais de cinco quilomentros tem na luxuosa varanda voltada a poente um potente telescópio. Prenda para os netos diz ele para disfarçar e ainda aproveitou o recibo da compra para meter em despesas de educação.

Todas as idades, desde o pré adolescente ao idoso acamado, agraciado pelo viagra e pela alma caridosa que o pôs numa cama com costas elevatórias têm sempre uns binóculos na mesinha de cabeceira sempre a postos.

Durante o período de tempo em que a Joaninha anda nua pela casa, para se sentir arejada, mais de dez mil punhetas em honra dela são batidas pela cidade fora.

Todas as construções com vista para o apartamento são as mais cobiçadas. Autenticas barracas teem valores superiores a uma penthouse em Manhattan. Promotores imobiliários já se aperceberam disso e besuntando os rabos certos na câmara, conseguem construir autênticos arranha-céus com janelões e varandas virados para o rabo da Joaninha.

Existe quem já tenha feito fortuna ao alugar a janela da sua casa para lá voltada, a almas crentes que de longe vêem de propósito, numa autêntica peregrinação em busca de inspiração, de tesão, dum milagre ou apenas por mera curiosidade. Mesmo quem não gosta, quando vê não fica indiferente.

Joaninha tornara-se sem saber num mito, numa adoração, numa peregrinação.

Autentico gerador de tesões, a inocente rapariga leva uma vida calma e pacata. Sem ter grande noção que o seu corpinho, obra-prima natural sem nunca ter necessitado de obras de restauro ou de ampliação, é uma das principais causas do desenfreado crescimento urbano. A vila que dantes era é agora uma grande cidade que gira á volta da inocente Joaninha.

As mamas perfeitas dela não inspiram apenas as vulgares punhetas ao fã aflito de tanto tesão. São elas dignas de estarem esculpidas com as suas formas em cobre na praça maior do município. São também uma terapia de casal ajudando o marido de pila mole, farto da vida, farto do trabalho chato e com falta de entusiasmo pela sua patroa, a canalizar a tusa provocada pela visão da rapariga do apartamento para melhorar a vida e alegrar a sua patroa com algo já á muito esquecido. Começara até já a ter fama de milagreira por ter já feito levantar o que já á muito estava morto.

Ela, nunca se apercebeu.

Joaninha, não entende porque é tão solitária. Todas as suas tentativas em contrario sairam sempre furadas. As amizades são poucas e as masculinas são exclusivamente constituídas por homosexuais profundos. Gays extremos.


Aborrecida em casa, Joaninha decide dar uma volta.

Veste-se e sai.

Neste momento, a cidade volta ao seu ritmo normal. O trolha babado volta a chapar o reboco com toda a felicidade do mundo, o puto punheteiro limpa a pila ao forro das calças e regressa aos trabalhos de casa, o juiz velhote larga a gaita engelhada e torna a pensar no processo do pedófilo.

Nunca soube que toda a vida duma cidade e dos seus habitantes gira á volta dela.

Abençoada com uma capacidade inata de provocar terríveis tesões, é amaldiçoada por uma veneração extremista que não deixa ninguém aproximar-se dela da forma que ela realmente quer.

Sente-se um fantasma, sente-se uma sombra, sente-se sozinha.

Mas principalmente e acima de tudo, sente uma vontade inclassificável de arrasar com todos os tesões do mundo.

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