A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Uma historia provisoriamente verídica.

Um gajo, um sujeito vulgar, daqueles que vimos todos os dias na rua. Tipicamente com cara de quem não defeca há 8 dias e tem um humor proporcional á dimensão da gaita. Vai almoçar.

Senta-se ao balcão da tasca do costume, estabelecimento besuntado de gordura do óleo de fritar de várias gerações, moscas mortas pela armadilha de luz negra salpicam o chão como pontos negros. Pede um fino e três rissóis. Pega num guardanapo de papel fino e duvidoso e começa a comer um rissol embebido de óleo rançoso.


“Pfffff, fodasse!” – lamenta – “Lá vou eu ter que gastar 25 euros numa prenda para aquela puta e ainda ter que a levar a jantar fora. Se ainda ao menos ela chupasse… Mas a coira da gaja não dá acesso já lá vão mais de 3 meses! Vaca da merda. Ela que se ponha a pau porque qualquer dia marcha a mãe dela! A velha até é jeitosa e anda com o pito aos saltos desde que o marido foi para a Alemanha. Pelo menos é o que ela me diz. Eu nunca vi o corno. A gaja tá sempre a fazer-se a mim. Deve foder que nem uma loba! Só de pensar nisso fico logo com a pila gorda.”


O tasqueiro, individuo 98% careca, mas com alguns penachos atrás das orelhas penteados de forma a tentar disfarçar a reluzente bola de bilhar em que consiste o seu crânio ouve atentamente enquanto esfrega um copo riscado e baço de tanto uso com um trapo de aspecto nauseabundo. Começa a sentir um pingo de monco a escorrer pelo nariz. Instintivamente, com um movimento mecânico de quem já faz isto desde sempre, esfrega o trapo no seu nariz crivado de pontos negros prestes a explodir e funga furiosamente como um trompete numa filarmónica. Faz uma careta de alivio, olha com um olho fechado para o interior do copo no contraluz e recomeça a esfregar.

Está-se completamente a cagar de alto e de repuxo para o que o grunho estava a ladrar ao balcão apesar de ouvir o parvalhão.

Cheio de aturar trolhas está ele, e este nem é um bom cliente. Mão de vaca sacana que só come três rissóis por dia ou então três bolinhos de bacalhau. E o filho da puta outro dia queixou-se das espinhas. Cabrão. “Apetece-me arrebentar-lhe a boca” – delira o tasqueiro.


“Pois! Pode ser que a puta venha mamar aqui hoje. Ai vai ter de ser! Afinal para que serve o Dia dos Namorados, caralho? A gaja não tem desculpas para não vir abocanhar aqui e depois apanhar com o gambozino. Mas bem bem era a puta da velha dela vir juntar-se a nos e enquanto a filha chupa-me a piça, a velha abocanha-me os colchões e brinca com eles dentro da boca com a língua.”

Levanta-se do balcão, paga e sai sem reparar nos olhos raiados do tasqueiro.


Entretanto, uma sujeita vulgar, daquelas que vemos todos os dias na rua, de calças tão justas que podemos passar o cartão Multibanco por entre as nádegas para carregar o telemóvel, daquelas gajas que nos olham de cima a baixo como umas aves de rapina, prontas a vandalizar qualquer moço que lhes apareça á frente pensa para si própria.

“Que chatisse ter agora que aturar aquele cabrão. Lá vou eu ter que chupar aquela gaita ridícula para ver se ele se cala. Já sei como ele é, não se vai calar toda a noite até eu lhe esvaziar aqueles colhões raquíticos. O que vale é que ele faz a festa toda em menos de 2 minutos. Não me apetecia nada ter que engolir. Mas… Se fosse o Gastão… Ahhh Esse sim é que sabe bem e sabe usar a gaita… Como é possível que um pai assim tenha tido um filho tão foleiro? Mas ao fim e ao cabo o que interessa são os terrenos que ele vai herdar um dia.”


Á noitinha, em casa da namorada na sala de estar, no sofá de napa beije está o nosso amigo grunho com os colhões metidos na boca da sogra e a gaita enfiada na goela da namorada, que lá faz o frete e não se importa que a mãe lhe adiante algum daquele serviço tão chato.


De súbito entra o tasqueiro com um ramo de rosas.

“ Querida, queria que me perdoasses… CUM CARALHO???!!!”

Os olhos esbugalhados, raiados de sangue vermelho vivo do tasqueiro fitam o dantesco cenário digno de figurar num calendário de escuteiros e tornam-se assustadoramente ameaçadores.

A velha, com a boca cheia de colhões, deixa escapar um fio de baba que lhe escorre pelo queixo…


Feliz Dia dos Namorados.


1 comentário:

Anónimo disse...

Fds Jukinha isso de andares a relatar dias dos namorados teus não vale! Não tens mais imaginação do que isso!? Esqueceste-te foi da parte em que o tasqueiro ao ver o teu cuzinho rapadinho se aliviou nele :D e as rosas foram para ti, sim porque depois disso não quizeste outra coisa, sem falar que depois de tudo isto a tua namorada casou com o tasqueiro so pa te ver a ser enrabado... Lol.
Abraço

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