A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Trabalhadores do sexo, uni-vos e A Tua Amiga.

Ora aqui está o lançamento do livro da Ana Lopes, Antropóloga de profissão e lutadora por vocação que poderá vir a ser um dos melhores lançamentos do ano, juntamente com o livro baseado no blog “A Tua Amiga” da fantástica “Maria dos Prazeres”

Aquilo vai valer a pena.

Senão vejam lá a cena.

É um misto de acontecimento cultural, show de strip e musicol ao vivo.

Quereis mais o quê meus caralhos? Isto é uma panóplia de acontecimentos num só que agrada desde o camionista condutor de betoneiras fascinado por literatura académica até ao académico intelectual afincado punheteiro caseiro, ávido de novos reportórios para o esgalhanço do pessegueiro lá no conforto do seu lar.

E musica ao vivo, sim senhor. Nada de discos a tocar. Musiquinha saidinha na horinha.

Vale a pena ir quanto mais não seja para conhecer a Ana, uma criatura única de uma coragem, delicadeza e sapiência invejáveis.

A dedicação com que defende os direitos humanos, no campo que defende, os profissionais do sexo, é realmente inspiradora, transbordando o seu entusiasmo duma forma que nos põe a pensar nos outros sectores onde existe uma exploração descarada de mão de obra como na minha área, com os jovens licenciados em arquitectura.


Ah, e ás tantas se me correr bem a vida vou andar por lá a beber uns copos. Quem quiser conhecer o jukinha-má-onda que apareça. É muito provável que ande a deambular por lá com pessoal ou então encostado ao balcão a enfardar cervejas e tremoços.



O livro “A tua amiga” vai ser outra grande cena de outra grande mulher.

Caralho assim sim, mulheredo a sério. E as duas no mesmo dia.

Não a conhecendo pessoalmente, a “A Maria Porto” é uma companhia habitual e muito querida nas noites que passo colado ao MSN.

De uma inteligência e excentricidade brutais, esta dama é outra menina que pensa fora da caixa e que não tem medo de mostrar a cara por aquilo em que acredita e que faz com imenso gosto e profissionalismo. O blog é apenas um hobby, uma brincadeira que se tornou em livro, e como qualquer blog, é apenas uma infinitésima parte da pessoa que está por trás.

Tenho uma teoria. Acho que muito povo vai buscar inspiração punhetal aos relatos da Maria e desgraça o monitor TFT com o ajax limpa vidros, pa limpar o resultado de mais uma leitura. Desde a fundação do seu blog, a venda de TFT’s explodiu.

É a vida.

Ainda não sei onde vai ser a festança, mas será de certeza em grande.

E fodasse já chega de escova.

Juntai mazé o dinheirinho pa comprar o MEU se sair, é claro. Se não sair, mandai-me o dinheiro pelo correio.

Obrigado.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Teaser.

Aqui está um bocado dum conto que escrevi.

É uma parte que desenvolvi para a história “A Profissional” para lhe dar mais corpo.

Fica ainda mais assustador acreditem.

Vejam lá.

*

Sentadinho no seu sofá de napa beije, com os tomatinhos avermelhados pelo roçar das cuecas com o escroto suado, cravado de furúnculos pastosos, apoiados num cinzeiro com gelo, técnica desenvolvida exclusivamente por ele com muito orgulho, guarda o segredo duma forma gulosa, porque acha que é um afrodisíaco secreto que o vai salvar do purgatório em que vive.

Tenta em vão por a gaita murcha em riste.

Liga a televisão e sintoniza o canal onde passa a Rutinha Lambona.

Neste episódio, ela está em grande, sim em mesmo grande, e o grunhote frustrado começa a deixar cair a baba pelo queixo.

Ela está a levar por trás. Em grande.

Ele, sem perceber começa a micar o pixotão gigantesco do colega da Rutinha e de súbito, oh milagre de todos os santinhos, que do purgatório o livraram com esta aparição de carne enrolada, começa a sentir o cadáver a ressuscitar. Óh jubilo, oh anjos de coros celestes que dos céus cantais aleluias resplandecentes de cores inimagináveis, oh que o tesão voltou, depois de muitos meses, quiçá anos mesmo, enterrado num sarcófago duma mumificação mofa.

Alegremente, sem tirar o olhar da pixota do actor, até teve o cuidado de tapar a Lambona com um jornal para ficar só a ver o que lhe interessava, desata a esgalhar sem se preocupar com esfolaçansos nem com o gato miante deitado ao seu lado, surpreendido e completamente apanhado desprevenido, de olhos fixos no súbito entusiasmo orgásmico do seu dono, que está dedicado a movimentos repetitivos de inspiração suspeita.

No auge da punheta, levanta-se com um salto do sofá e num estado de transe, sem nunca parar de esgalhar, atira-se com a boca para o ecrã da televisão e com os olhos arregalados como bugalhos, e a língua a lamber o plasma, tenta abocanhar em vão, o caralho gordo que enraba o rabinho gostosão da Rutinha Lambona.

Não consegue vir-se, mas de súbito a sua mente alterada leva-o a pegar no comando do leitor de DVD, aquele redondo, e com um gesto guloso, enfia-o violentamente pelo rabo peludo acima.

Imediatamente, a sua pilinha demasiado fraquinha para esguichar deixa sair o molho de tomate como quem espreme uma bisnaga de maionese rasqueira.

Aquilo parece que lhe estimulou a prostata e desatou a fazer caretas assustadoras junto á pixota do protagonista enquanto sente os espasmos provocados pelo estímulo do comando do DVD.

De imediato a chouricinha volta ao seu estado letárgico.

De volta á realidade, horroriza-se com o que se passou.

Leva as mãos á testa.

A mão cheia de gosma peganhenta acumulada por anos seguidos de frustrações passeia pela careca luzidia até aos tufos de cabelo que sobraram.

“Puta, sua puta,…” deixa escapar estas palavras de inveja, de ódio, produto de uma concepção impossível, de uma vida reprimida por ele próprio.

A partir desse dia, passou a ter sonhos esquisitos todas as noites.

Na cama, agarra-se á almofada e chama-lhe Gastão.

Masturba-se soltando gritinhos infantis.

E a seguir, chora.

*

Ando a melhorar (acho eu) muitos dos meus posts deste blog. Pode ser que um dia possam lê-los e horrorizarem-se para todo o sempre.

Muaaahahahaha!! Muuahahaaha!!!!

Ás vezes tenho medo de mim próprio.

Pensamento ordinário do dia, mas mesmo ordinário digno dum trolha rasqueiro daqueles mesmo badalhocos.

“Pixa mole em cona dura tanto dá até que fura”

E pronto, aqui está uma rizada geral no meio de taloxas e massa de reboco que é chapada com afinco nas paredes de tijolo por este Portugal fora.

Curto betoneiras. Daquelas de camião. As pequeninas não gosto. São pilantras com aquelas rodinhas atrás. Também gosto de gruas. Mas tem de ter cabine e contrapesos, porque aquelas com uns tirantes atrás são pouco dignas para uma obra.

Quero uma obra com pelo menos uma grua dessas.

E muitas betoneiras.

sábado, outubro 14, 2006

O Don Juan Teórico.

Levanta-se e dirige-se ao frigorifico. Abre a porta e desata a devorar com uma voracidade pelintra, uma caixa inteira de doces de ovos.

Atafulha-se com aquilo que é uma coisa estúpida.

Mas isso foi de manhã.

Agora é de tarde e está a cair uma chuvinha chata de Outono.

Sai disparado de casa.

Desesperadamente, a correr como se dependesse dele o destino do mundo, entra de rompante no tasco de gentes finas e dirige-se directamente á mesa onde o esperam.
Ofegante, antes de se sentar, enquanto cumprimenta com dois beijos a doce criatura de carnes femininas, deixa a desculpa da sua demora, intercalada entre o momento protocolar.

Esta foi a frase que estourou completamente as suas hipóteses de conseguir sacar qualquer coisa do seu mais recente engate.
Era o segundo encontro.
O primeiro até tinha corrido bem, poucas parvoíces, conseguiu aguentar as flatulências com uma ferocidade hercúlea e principalmente evitou olhar para as mamas dela mais do que dois segundos seguidos em intervalos de quarenta. Aceitável segundo a convenção de Genebra.
Pobre coitado.
O parolo documentava-se.
Lia toneladas de literatura sobre o que supostamente as mulheres gostam e tenta a todo custo ser o melhor e andar sempre com a lição bem estudada.
Dias inteiros a torrar as pestanas por entre revistas femininas e livros inúteis sobre a ambígua psique feminina, que lhe deram pensa ele, uma grande bagagem no que diz respeito á lide da docemente selvagem criatura do demónio.

Fodeu-se completamente com todas as gatas com quem saiu.

Agora, desespera.

Sentada no banco de trás do autocarro, está uma freira veterana, gordinha e risonha.
Antes de entrar para o convento teve de ter a certeza de que não ia perder nada da vida. Já entradota no que diz respeito á incursão normal na santa doutrina, a irmã fez questão de ver se perdia alguma coisa caso deixasse os rapazolas para sempre de fora da sua vida.
Jovem roliça, dedicou-se a espancar dezenas de chouriças para ter absolutamente a certeza no que se ia meter, e não ficar depois a pensar que ficou em perda.
Pelos vistos achou que não perdia absolutamente nada. Conseguia, segundo ela, melhores resultados sentada no bidé com um pequeno jatinho de água morna anatomicamente apontado e com dois dedos, do que estar a aturar anormais.
Assim, devota, resolveu dedicar-se á salvação das almas do purgatório e á confecção com posterior devoração de doces de ovos conventuais. Também vende alguns.

Ao seu lado senta-se um jovem com cara de patego.
Viu-o a correr pela rua abaixo, para apanhar o autocarro. Achou piada, porque o rapazote teve quase a ser mordido por uma matilha de cães vadios que preguiçosamente se espalhavam no passeio e teve quase a tropeçar num chupa-amendoas branco vestido com um casaquinho beije paneleirento que quase lhe deitou o dente.

Senta-se ao lado dela.

Agarra na cabeça e encosta a testa ao banco da frente.

Não sabe o que mais há-de fazer.

Nem o que dizer.

Já não aguenta mais. Apetece-lhe mandar tudo para o caralho mais velho.

Ele sempre fez tudo direitinho! Sempre soube as lições na ponta da língua, sempre seguiu as regras á risca…

Sem dar conta, olha instintivamente para o lado. Lá estava a freirita com um sorriso simpático.

Sem mais nada, desata a desbobinar todas as suas frustrações em relação ás gaijas, á irmã que lá faz o frete de ouvir.

“E eu faço sempre tudo bem, eu estudo as lições todas, eu nunca falho… Eu sei que sei tudo o que uma mulher quer… E sente… Eu li tudo…”

Vira ligeiramente a cabeça e fita a santa mulher com os olhos vermelhos de travar o choro e deixa sair a pergunta que o angustia.

“Irmã, é ou não verdade que o mulheredo gosta de tipos sinceros e com sentido de humor?”

A freira sabidola olha de canto para o parolo e ri-se. Lá no seu íntimo sabe perfeitamente que este tipo é um caso perdido. Na sua juventude chegou a sair com uns quantos. Ela sabe muito bem o que s gaijas querem, mas também não lhe vai dizer. Só o ia deprimir mais porque ele não é feito de porcelana nem tem uma torneira de aço inox.

Mas, contudo decide tentar consolar o tanso.

Condescendente, pergunta ao derreado sentado ao seu lado o que se passou.

Este, suado e desesperado, sem levantar a testa do banco da frente, explica que todas as mulheres fogem dele depois de ser realmente um tipo sincero e com humor.

“Tal como esta ultima, quando lhe disse o que se passou.”

“E o que lhe disseste meu filho?”

“Desculpa o atraso. Mesmo antes de sair tive uma avassaladora descarga de caca.”

Fim da História.

Pronto meus totós, espero que com esta historinha, vocês aprendam que as gaijas não gostam de gaijos sinceros e com sentido de humor. Isso são historias escritas por parolos que querem eliminar concorrência, fazendo crer a vocês meus totós que as gaijas querem coisas desse tipo.

Viram o que aconteceu ao patego da história? Se ele tivesse inventado uma desculpa toda filhadaputa, não ia ter melhores hipóteses do que ter sido sincero e supostamente com sentido de humor?
E não pensem que uma santa mulher vos vai dizer o que fazer, porque nem essas vos dizem.

Aprendam meus morcões.

Baaaaaaaaah!!!!!!

terça-feira, outubro 03, 2006

O Velho do Gerez

É assim a vida.
Há também aquele velho punheteiro que vive numa cabana de madeira de cedro, junto ao lago no Gerez com o velho e sábio dizer que o guiou toda a vida.
Durante os longos serões, aquecidos pela lareira que espanta o frio húmido e exageradamente verde que paira por aquelas bandas, deixa escapar por entre as suas longas barbas grisalhas as palavras sábias que tanto lhe valeram numa vida.

“Quando a Direita cansa, a Esquerda avança.”

Será que este dizer está ligado á sua insaciável vontade de esfregar o pessegueiro, ou vai muito alem disso?
Considerado uma autoridade em matérias politicas, apenas com esta frase que correu meio mundo e mais um bocadinho, o velho do Gerez no seu intimo sabe que a esquerda dá uma sensação mais caseira e talvez amadora á coisa, mas uma vertente mais humana.
A direita mais metódica e organizada torna-se por vezes um pouco fria na sua tecnocracia.
Apregoava a alternância para conseguir um equilíbrio e não um pastich indefinido que torna tudo demasiadamente insosso.

Hoje está a preparar-se para assar castanhas. Corta pequenos golpes nos frutos para que não rebentem na lareira.
Está frio lá fora.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Classe média, os fudidos da sociedade.

Outro dia, num daqueles em que passo horas a fio a olhar para o nada, em vez de trabalhar, estive a pensar na forma como a nossa sociedade está organizada e cheguei a uma conclusão que se resume ao seguinte.

Isto tudo, ou seja este emaranhado de povo que anda por ai, está dividido em três grandes grupos.


Os Gunas, ou Jagunços.

Os Gaijos fudidos.

Os Betinhos.


Na primeira classe encontramos o pessoal que rouba na rua, assim cara – a – cara, os grunhos das claques de futebol, aqueles gaijos desdentados calçados com aquelas sapatilhas nike da feira com uns amortecedores vermelhos e chapéu enterrado na tola com a pala á pato Donald, os arrumadores manhosos, drogaditos, traficantes de merda, etc.


Na segunda classe social encontram-se os parolos como alguns de vós e tipos fantásticos como o jukinha má-onda.

Naum temos um chavo no bolso quando chega a meio do mês, quando temos um carro é prai um golf MK2 de 1985 ou um fiat uno todo fudido. Podemos encontrar algum pobo já mais endinheirado mas estão incluídos aqui, como vão perceber já mais á frente.


Os Betinhos são aqueles tipos que andam a estourar dinheiro sem vergonha nenhuma.

Teem cartão de credito ilimitado ou uma mesada maior do que o ordenado de muitos quadros superiores de empresas de gabarito.


Mas tá tudo bem.

Até aqui todos vocês já tinham lá chegado acho eu.

Mas agora vejam lá esta relação subtil, que existe entre os primeiros e os últimos.

Ambos andam a foder fortemente os do meio.

Reparem.


São os gaijos fudidos que suportam estas duas classes de mamões do caralho.

Enquanto os jagunços assaltam o pessoal na rua, no autocarro, roubam os carros baratos porque são fáceis de arrombar, vendem droga barata e de qualidade duvidosa, fodem a fronha a um gaijo no estádio que não tem dinheiro para camarotes, e sei lá que mais.

Os Betinhos são os donos dos bancos que dão os empréstimos chulissimos á classe fudida. Vendemos-lhes a alma e o cú. Espetam-se contra os nossos carros sem valor comercial e as companhias de seguros deles recusam-se a pagar um carro novo porque já não tem cotação. Fodemo-nos todos porque o Jaguar entrou pela porta dentro. O beto só despenteia a repinha de cabelinho paneleirenta.


Como vêem vocês, a segunda classe social é a que é enrabada por uns e é obrigada a efectuar fellatios contínuos aos outros. E isto tudo ao mesmo tempo. Requere coordenação.


Mas perguntam-me vocês completamente mergulhados numa parvalheira enciclopédica enquanto enfardam gulosamente um calipo de morango em tudo semelhante á pixota dos vossos sonhos.

“Ããããããã, ó mestre guru, oh senhor da razão, oh jukinha má-onda, e os gunas num fodem os betos e vice-versa?”


Coisa rara digo-vos eu. Apenas em casos isolados quando existe uma certeza de sucesso. Como quando um beto deixa o carro aberto e o guna fana o telemóvel. A medo.

Os locais que cada um frequenta, geralmente não são os mesmos. Estas duas espécies quase nunca se cruzam. Teem apenas em comum o chulanço e o sustento fornecido pelos fudidos.


Pronto. Ide-vos.

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