A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

sexta-feira, agosto 18, 2006

História de embalar.

Era uma vez uma princesa, a mais bela de sete reinos que tinha uma maldição de nascença. Uma bruxa porca e ressabiada não foi convidada para a festa do baptizado porque cheirava demasiadamente mal da boca. Como vingança colou á criancinha de sangue azul uma praga terrível, mas uma fada boua (uuuuui mas mesmo boua a puta da fada) conseguiu fazer com que fosse possível reverter a maldição.

Esta princesa quando cresceu era um tesãozinho só, mas a horrivel maldição era um terrivel problema de chulé sempre agarrado aos pés da miúda. Aquilo não se podia, tal era o cheiro. De tudo tentou, de tudo fizeram por ela mas nada, nada. O chulé com o passar dos anos tornava-se cada vez mais impossível de aturar.

O bedume atravessava o castelo para infortúnio dos servos da plebe que como se já não bastasse andarem sempre metidos na merda dos porcos, na bosta dos cavalos e a apanhar com os penicos cheios de trampa atirados das janelas, o povo desgraçado tinha que aturar o cheiro de chulé por cima.

As colheitas começaram a ficar afectadas, os animais a ficar doentes, ninguém parava no reino sem ficar nauseado.

Até que um princepe bêbado que por lá andava a vomitar nos cantos lembrou-se duma coisa que um dia ouviu num bordel de fadas putas.

No meio da ramboia com mais de trinta putas gordas, uma delas já bem rodada e completamente cheia de vinho da pipa, manda para o ar, intercalado por um grandioso arroto “ Só se todos os habitantes do reino da Serra e arredores lamberem os pés da princesa é quebrada a maldição do chulé”

Ora nem mais. A cambalear com o garrafão de tinto na mão a camisa desapertada e os olhos trocados, o princepe como estava constipado por causa das noitadas, e por conseguinte com o nariz tapado e com pouco olfacto, lá consegue chegar ao castelo.

Vira-se para o rei completamente amarelinho de náuseas e diz-lhe que pode resolver o problema se lhe arranjar todas as cabras do reino.

O rei, que já estava por tudo, manda vir todas as mulheres dos ricos bordeis do reino.

“Ora fodasse! Eu quero é daquelas que fazem mééé!” diz o princepe enquanto mete as mãos numas mamas.

O rei, parvalhão do caralho, manda então vir todas as cabras do reino.

O princepe, finório, manda então ordenhar o leite das cabras para uma bacia e manda a princesa gostosa mas mal-cheirosa enfiar lá os pés.

Depois de repetir a operação várias vezes, o princepe junta sal e mais umas merdas lá para dentro da bacia com o leite e o chulé da princesa. Verte tudo para moldes mais pequenos e deixa fermentar.

Passados uns tempos, o leite solidificou e ficou amarelo.

“Faça-se um banquete” ordenou o princepe. “E naum se esqueçam do binho!!”

Começa o banquete, apenas servido com a iguaria fabricada pelo princepe e com o vinho tinto de que ele tanto aprecia.

O povão, de inicio reticente face ao acepipe mal cheiroso como os pés da princesa, não estava lá muito convencido em meter á boca aquela coisa amarela. Preferia só o vinho até o rei ter ameaçado porrada.

Com receio, um grunho badalhoco mete á boca e com os dentes podres, dá uma dentada corajosa.

A cara de prazer do grunho foi contagiante e a partir dai todos os convidados deleitaram-se com esta delícia.

Depois desse dia, a princesa ficou curada do cheiro a chulé e todo o reino ficou a ganhar com isso pois começaram a exportar o queijo da serra para toda a parte.

O rei queria que o princepe se casasse com a princesa, mas ele ao ver tanto vinho e tanto putedo, preferiu acabar os seus dias no meio de centenas de mulheres e tonéis de tinto.

E foi feliz para sempre.

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