A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Quié que Foi??!

O Januário, era conhecido por Jájá ou Jaca lá na escolinha provinciana onde estudou á mais de vinte anos. Cresceu e tornou-se num tipo honesto. Mas a vida levou-o a que tivesse de desaparecer sem deixar rasto.

Aparentemente anda agora a vender caramelos nas ruas de Porto Rico, a tentar passar despercebido.

Fugido da sua terra natal, Jájá é mais uma vítima das atrocidades sociais que assolam as ruas imundas onde outrora parava.

A confusão começou quando descobriram que o desgraçado do Jájá era heterossexual.

Foi apanhado em flagrante pelo primo maricas no banco traseiro dum Ford Escort de 76 com a cabeça enterrada nas mamas gigantes duma pretona de quarenta anos. O filho da puta do primo cabrão, nutre ciúmes de proporções bíblicas do Jájá por este ter sido sempre o preferido da avó e ter direito a servir-se primeiro do leite creme. E principalmente por ter uma pixota muito superior.

Aproveitando a oportunidade de acabar com o Jájá, o primo rabeta teve a infeliz ideia de por a boca no trombone, como desde já, mete sempre que pode.

O facto de gostar de mamas rijas e cona rechonchuda despertou ódios profundos nos gangs heterofóbicos constituído por bixas extremamente perigosas e intolerantes.

Carga de lenha atrás de carga de lenha, acaba por ser internado numa clínica de recuperação. Gostar de gaijas era considerada uma doença e como terapia, Jájá era obrigado a ver cus peludos e pixas em riste todos os dias, como forma de terapia de choque. Fechado todos os dias durante oito horas seguidas numa cela onde nem se podia aninhar, era constantemente bombardeado com propaganda heterofóbica.

Á noite era trancado na sua cela amarrado com uma camisa de forças.

Acabou por fugir escondido num carrinho de roupa suja carregado de cuecas besuntadas.


O maluco que estava na cela ao lado era um vegetariano racista. Este estranho sujeito aparentemente não comia carne porque considerava um crime matar um animal para lhe comer o cadáver. Mas se por acaso o jantar na cantina do manicómio fosse porco preto, atão que se foda! Abria uma excepção. É porco e ainda por cima é preto.

Mas não é por isso que ele foi lá parar.

Pelos vistos, segundo a história que anda a rolar pelos corredores macabros do manicómio, o vegetariano racista matou o pai dele a golpe de melancia.

Frustrado pelo facto de ser extremamente gago, defeito que lhe valeu o maior gozo por parte de colegas parvalhões, este comedor de saladinhas achava que o seu defeito de fala devia-se ao tique compulsivo que o seu pai tinha de abanar constantemente os colhões.

“Caralho! Para de abanar os tarecos! Sempre a abanar! Os teus filhos vão sair gagos por estares sempre nisso!” berra a catequista durante uma sessão de catequese.

Desde puto, o Culhas era conhecido por andar sempre sem cuecas e com umas calças largas com o intuito de deixar espaço suficiente para abanar os colhões.

Nunca pensou que isso pudesse ser verdade. Mas era. Bastava-lhe ter observado a vizinha mamalhuda com as xuxas carregadas de leite, que passava tardes inteiras a dançar lambada e acabou por amamentar a criança com manteiga.

Isso foi algo não muito inédito mas quase. O marido até gostava porque a vazelina até estava cara e ter ali logo á mão uma manteiguinha tão macia e escorregadia, e principalmete de borla, dava-lhe uma sensação de poupança extrema e isso agradava-lhe pois mais sobrava para as cervejas.


Hoje foi um bom dia para o Januário. Sente saudades de casa, sempre que olha para a lua amarelada por trás duma chaminé fumegante ou o pôr do sol alaranjado que lhe faz lembrar a marmelada que a pretona lhe fazia para meter no pão.


O Jájá hoje vendeu muitos caramelos.

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