A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

domingo, julho 23, 2006

Viagens com o Ventura.



Tarde de Janeiro. Um dia qualquer.


A castigada carrinha GPL Ford Escort de cor metalizada, percorre fielmente o seu caminho já habituada por anos e anos de uso, desde a costa agreste da zona da Agudela até á semi - civilizada Ribeira do Porto, passando pela fedorenta Petrogal, pela obra prima de Edgar Cardoso, pelo casario da foz, através do stress do transito interminável, sempre sempre sem nunca deixar ficar mal.

Os aromas diversos dos locais por onde ela passa estão sempre misturados com o gás de petróleo liquidifeito que escapa da botija ferrugenta que jaz na sua mala carregada fatos de mergulho e pranchas de bodyboard.

Estas viagens na Ford Escort foram sempre férteis em ideias do mais alto gabarito.

Uma das mais interessantes para mim foi sem duvida uma teoria que orgulhosamente tenho autoria partilhada com o meu amigo Ventura.

O lado negro das canções infantis.

As Pombinhas da Catrina.

Não há nada mais perverso do que esta canção, Deus má libre. Ora vejam só.

As pombinhas da Catrina,
andam já de mão em mão,
foram ter à quinta nova,
ao pombal de S. João.

Analisemos então este excerto.

As pombinhas são claramente prostitutas e a Catrina é a mãe delas puta reformada ou mesmo a exploradora delas.

Andam já de mão em mão. É verdade! São ainda chavalas e já andam por ai na dureza do dia a dia a afinfar sortidos de choura forte e feio.

Mas, sorte a delas. Foram ter á quinta nova, ao pombal de S. João. Ora vejam lá. A quinta nova é claramente uma zona de putedo e o pombal é como quem diz, um edifício com muitas !!pombas!!, é um bordel por assim dizer, mas um bordel de classe, para gente fina pois é do S. João. Talvez fique perto do Hospital. Talvez não.

Ao pombal de S. João,
ao quintal da Rosalina.
Minha mãe mandou-me à fonte,
eu parti a cantarinha.

Ao passar o ribeirinho,
água sobe e água desce,
dei a mão ao meu amor,
não quiz que ninguém soubesse.

Nesta parte conta como a miúda mais nova ainda virgenzinha perdeu sabe-se lá o que.

A minha mãe mandou-me á fonte e eu parti a cantarinha. Ou seja cagou na sopa quando foi buscar um garrafão de vinho verde tinto á tasca. Fez merda porque embebedou-se, senão vejam lá o agua sobe e o agua desce. Deu a mão ao amor, ou seja ao trolha cheio de cal hidráulica entre as unhas e pontos negros no nariz que lá estava e comer tremoços e pos-se a andar com ele para um sitio qualquer porque não quis que ninguém soubesse.

Se tu és o meu amor,
dá-me cá os braços teus,
se não és o meu amor,
vai-te embora, adeus, adeus.

Ora ai está a nina não é inocente nenhuma pois anos a fio de convívio no meio de tanta fodanga viu que gaijo pouco competente com o gambozinho, o melhor é pô-lo a andar.

Não é preciso explicar frase por frase pois não?

Por ser o pombal tão estreito,
e asas termos pr'a voar,
nós voamos com tal jeito,
que não qu'remos já voltar.

Ora ai está! As nossas amigas sentiam-se muito limitadas em termos de pilas naquele bordel de cinco estrelas. Sempre os mesmos clientes, ricaços besuntados sem jeitinho nenhum com as pixas ridículas, elas acham que podem virar-se muito bem sozinhas. E parece que se dão bem pois “tem asas para voar e voam com tal jeito” que tem toda a clientela que desejam ter. E para o bordel não querem voltar. Toda aquela disciplina é uma chatisse! Ufa!

Se alguém nos vê passar,
diz: que lindos que eles são;
nós não queremos já voltar,
mas andar de mão em mão.

Ai está. Elas tem bastantes propostas de casas de putas. Elas sabem que querem ganhar umas massas valentes a debulhar chouriças, mas antes de voltar para a vida pachorrenta dum bordel uma vida segura e sem aventura, preferem para já, durante uns tempos foder violentamente todos os trolhas da Soares da Costa, os estivadores da lota de Matosinhos os estudantes da ESAP e tudo o se mexa por ai.

Sem ter beira nem patrão,
o voar é nossa sina.
- vão andar de mão em mão,
as pombinhas da Catrina.

Mas será que é assim depois de provar a liberdade e de descobrir que podem ter o seu próprio negocio e de gerir o seu próprio tempo? Não é isso mesmo que qualquer um de nos quer?

Não ter patrão. Andar por ai a passear, fazer uns biscates para arrajar uns cobres.

Sim. É isso.

Somos todos afinal como as Pombinhas da Catrina.

domingo, julho 16, 2006

Mais uma teoria da conspiração

A Britney Spears é claramente segundo o meu ponto de vista, uma experiência social e psicológica com o intuito de moldar uma geração inteira de milhões de meninas pelo mundo fora com as ideias de falsos morais, imagens ideais e as atitudes certas que uma gaija a sério deve ter, segundo os manipuladores por trás disto tudo.


Ora vejam só. Começa por ser uma menininha inocente, que veste a roupinha da moda, usa o perfume tal tem faz isto e faz aquilo. Não é mal comportada e tem um ar inocente. Como qualquer menina de 12 anos deve ser!

Depois crescem-lhe as xuxas. Aaaah a menina já tem xuxinhas! Já pode usar umas coisinhas mais provocantes mas sem abusar!

Mais tarde já matulona anda toda provocante. Anda rodeada de centenas de gaijos que trabalham com ela e babam-se todos dela. E desde sempre disse que era virgemzinha!

Depois parece que se casa com um fulano numa igreja daquelas esquisitas de Las Vegas, depois de fumar umas cenas. É claramente a faze wild que uma miúda tem sempre na vida. Desta forma mostra ás fãs que não é perfeita e que é como elas.

Faze adulta que é o que interessa. Casa-se com um Ken igual ao da Barbie, e puuumbas toca la a procriar! E não se esqueçam de que casou virgem! Meninas tem de ser assim. Casar e logo a seguir há que parir. Há que dar filhos á pátria! Soldados, operários e donas de casa. A Britney já vai com dois seguidos! E vocês? De que estão á espera? Suas inúteis?

Como vemos, isto é uma tentativa de moldar a cabeça das crianças desde tenra idade, distorcendo-lhes a personalidade natural ao impingir-lhes modelos de comportamento completamente forjados e anti-natura. Comportamento obsessivo com uma imagem supostamente ideal, torna a vida das vítimas desta lavagem cerebral de uma geração, numa forma de estar na vida tediosa vigarista e oca. Depressões, distúrbios sentimentais, o não se sentir incluído num meio são uma pequena parte do mal. Mas não há problemas. Os anti depressivos estão por ai á venda e tem de ser vendidos de alguma forma.

Mas enfim, isto pelos vistos sempre foi assim.

Agora cá na terrinha. Vejam lá uma coisa. Já viram os penteados ridículos que os putos andam por ai? Donde é que acham que vem isso? Ora digam lá!

Nããão, não é da Britney.

Vocês sabem.

sábado, julho 15, 2006

A Profissional.

Depois de debulhar dezenas de mangalhos grossos como eucalipatos centenários, Rutinha Lambona, conhecida e galardoada actriz porno da tela portuguesa, dirige-se ao seu camarote decrépito revestido a tabopan com fotos dos filhos e família a tapar os buracos esfarelados das paredes.

Em cima duma mesa lacada com uma imitação rasca de madeira e remates em alumínio está uma bacia de plástico amarela e um garrafão usado com água da companhia. Enche a bacia e prepara-se para retirar os litros de esporra que lhe escorrem pela linda cara de traços delicados.

Enquanto tenta lavar a cabeça e livrar-se da substancia pegajosa, Rutinha Lambona pensa na sua vida e vai planeando o resto do dia.


Hoje foi um dia tramado. A cena que teve de gravar consistia num gang bang com mais de trinta matulões de colhões cheios vestidos de meninos colegiais com uniforme de marinheiro tipo pato Donald. Pelo que parece, Rutinha Lambona neste filme é uma ilustre professora de matemática que gosta muito de recompensar bem os seus aluninhos quando estes fazem os trabalhinhios de casa.

Conseguindo a fantástica proeza de arrumar com seis tipos de cada vez, Rutinha Lambona é um autêntico prodígio de coordenação motora, dirigindo cada movimento com uma mestria inigualável, qual maestro duma filarmónica.

Enquanto que abocanha uma pila com prazer, sim com bastante prazer pois Rutinha Lambona alem de ser estritamente profissional é das poucas pessoas neste mundo que alia gosto pelo trabalho, vocação natural e profissionalismo, vai degustando a gaita a um dos actores enquanto esfrega uma picha em cada mão. Um dos felizardos aconchega o marsápio nos delicadamente rijos seios da protagonista enquanto outros dois entalam a chouriça assada, de tanto esfregar, no rabo apertado e na fantástica debulhadora assassina da nossa heroína.

Esta cena teve de ser repetida dez vezes. Em cada vez, Rutinha Lambona teve que arrumar com os trinta parolos, sempre da mesma maneira, só que melhor de cena para cena.


Está exausta. Pega num regador junto á mesa, enche-o com água e verte o liquido frio pela cabeça inclinada para tirar o champô johnson baby dos cabelos castanhos. A espuma passa pelos seus meigos olhos escuros que fecham instintivamente quando sente a agua a passar.

Mas não faz mal. Não arde.

Depois, lava-se da melhor maneira que pode, seca-se, passa o cremezito para hidratar a pele, mete o soutien que lhe aconchega as ricas mas castigadas xuxas que só elas sozinhas trabalharam neste fatigante dia mais do que toda a assembleia junta durante o ano lectivo de 2005 2006, enfia as cuecas castanhas de gola alta de que tanto gosta, veste o vestido florido, pega na bolsa e sai.

Ainda tem que passar pelo pingo doce. Enquanto se lavava foi pensando no tacho que vai fazer hoje para o pessoal lá em casa. Quatro filhos e um marido fiel esperam por ela em casa para serem alimentados.

Pelo caminho passa pela igreja e deixa uma esmola e uma oração á santa. Chega ao supermercado, pega num cesto e vai pegando no que falta para completar o jantar.


De repente olha para as horas. Merda! Ainda tem tanto que fazer! Despacha-se para chegar a casa. Pousa as compras e começa a fazer o estrugido.

Enquanto a cebola vai aloirando no azeite a ferver, Rutinha Lambona sempre de olhos postos no tacho ao lume e nos filhos traquinas vai cozendo as meias rotas e ouve divertida as queixas do marido sobre dia duro que teve lá no escritório.

domingo, julho 09, 2006

Urbanismo merdoso e a consequente arquitectura rasca.

Onitorrincos! Onitorrincos sobem-me pelas pernas e apertam-me os testículos com os seus temiveis bicos de pato.

Oh texugo cujos ancestrais antepassados fornicaram com o Donald porque me atormentas com tenazes apertões deixando-me sequioso por uma santola bem cozinhada e uma caneca de cevada fermentada? Porquê?

Volta para a tua Austrália, terra natal dos teus semelhantes, oh Onitorrinco!

“Foda-se tá calado!” – resmunga o Onitorrinco que se prepara para me apertar o testículo esquerdo.

“Tú não existes ser peludo! Tú não existes!”

“Páh –, diz o Onitorrinco num tom eclesiástico, - Estás a entrar em negação.”

Eles não saem daqui. Eles podiam voar para outro lado mas os filhos da puta dos bichos também tiveram azar. A mãe Natureza, lembrou-se que tinha que entregar mais um projecto dum bicho qualquer, logo amanhã de manhãzinha. Vinda de uma grande farra, completamente mergulhada num estupor alcoólico decidiu sentar-se ao estirador, e enquanto vomitava o whisky por ela abaixo, desenhou um texugo, ou melhor uma lontra com um bico de pato e uma cauda de castor.

Desgraçado, vitima dum desenho feito numa bebedeira, ficou com a parte ridícula do pato. Nem por isso que teve as asas. O devaneio alcoólico levou a que a mamã Natureza pegasse nos trabalhos anteriores e com a técnica tão bem conhecida como o copy – past, pumba pumba toma lá chapa cinco, elabora um trabalho á já-te-fodo.

Mas o que é certo é que ele anda por ai.

Eles andam por ai.

Aos milhões.

Desenhados á já-te-fodo.

A apertarem-me os colhões sempre que aparece um.



E não se esqueçam de dar de comer ao porco ai ao lado!

sábado, julho 01, 2006

LOL

Dois indivíduos sentados num café manhoso no centro histórico da cidade vão enfardando tremoços e bebendo cervejas.

Um sujeito de óculos de fundo de garrafa, 1,50 de altura e voz esganiçada dá um pulo no banco de pau quando percebe a piada, que minutos antes o colega de pele gordurosa proferiu entre um punhado de tremoços e uma golada de cerveja.

“LOL” berra Tareco Suado no café ás onze da noite.

“Mas que porra dizes páh?”

“…tou-me a rir da tua piada…”

“Rir? Tú berraste prái qualquer coisa páh!”

“…aaah, deixa lá…”

Tareco Suado, empregado numa seguradora, ganhou o apelido por ser um viciado em programas de chat’s que pululam a Internet. MSN, Yahoo, Mircs e tudo o que sirva para falar sem deixar o teclado de lado. E isto obriga a estar muito tempo sentado.

Ora, a sua mania de utilizar cuecas apertadas fez com que várias vezes os seus testículos, sobreaquecidos pelo calor corporal e pelo contacto com a napa chunga da cadeira de escritório onde trabalha, suassem demasiado e produzissem a característica fragrância testicular que ferozmente se concentra nos pêlos besuntados das virilhas. A própria nhanha prostatiana de Tareco Suado, taradinho por blogs com conteúdo hard core e soft core saia pela ponta do seu pequeno chouricinho e ia colar a ponta da glande á cuéca. Coitadinho, aquilo secava e depois quando puxava as cuecas para aconchegar e coçar os berlindes, sentia um puxão mesmo na pontinha da glade raquítica.

Os seus guinchinhos ficaram conhecidos lá no escritório e o constante cheiro a colhão suado vindo não só das suas cuecas apertadas, mas também do sabugo da mão direita, deram-lhe este exótico apelido.

Poucos lhe apertavam a mão. Desgraçados dos gaijos que não lhe podiam dar dois beijinhos sem parecerem muito gays para evitarem ficar com o aroma de Tareco Suado entranhado nas suas próprias mãos.

Mas e dai, quantos de nós nunca beijaram alguma miúda que momentos antes tenha estado com a boca assanhada em alguma pila gorda? Ou então vocês meninas pensam que escapam desta, mas minetes também os há.

Ora, Tareco Suado apanhou um vício comum dos utilizadores de msn. Alem de coçar demasiado os tomates, agora quando ri diz “LOL”

Dez minutos antes.

Um sujeito de pele gordurosa abre a boca cheia de tremoços mastigados e enquanto manda perdigotos a dois metros de distância diz. “ Ei sabes esta?… Ontem conheci um gaijo que se chama Justino Passos Dias Aguiar Mota”

Bebe um trago de cerveja para empurrar os tremoços presos no esófago para o estômago.

Espera…

Dez minutos depois o seu colega abre assustadoramente a boca, arreguila os olhos por trás dos óculos de fundo de garrafa, e berra com uma voz irritantemente estridente.

LOL

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