A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

quinta-feira, junho 07, 2007

O Cromonauta, ou a vã glória de por ai andar.

Dias passados envoltos em noites perdidas de devoções providas de fundamentalismos bacocos e subjectivamente irreais ajudaram a que, por mais que tentasse arranjar uma solução contundente para os seus míseros problemas, mentia-se a si próprio com constantes soluções nunca aplicáveis por falta de terreno que as sustentasse.

Devaneios próximos da loucura, espasmos de insanidade foram relatados periodicamente sempre que havia algo para ser excomungado.

Estamos numa manhã de sol, com muito calor. Há humidade lá fora.

Mas as manhãs são todas iguais para o homem a quem se deve atribuir o titulo de “O Cromonauta”, por viver num plano dimensional entre um universo regulado pela demência e outro por qualquer coisa que não se consegue descrever com palavras nem quaisquer tipo de sons.

Dizem que está louco.

Embutido numa cela de três metros vezes dois por dois e quarenta, como diz o regulamento, o Cromonauta tenta prever o futuro do seu dia no desenho produzido nas manchas de nhanha provenientes do seu mais recente esfreganço contra a almofada de formas roliças, que tenta com algum sucesso simular qualquer coisa semelhante a alguma parte anatómica da mítica criatura que o visita quando olha para as manchas de bolor do tecto.

Outro dia quando visitou o mundo do nome impossível de pronunciar, escreveu-lhe um poema que declamou no jardim público do palácio presidencial. Era algo mais ou menos como,

“Quando me lembrei de ti,

Tive a maior erecção,

Eu, que por ti sempre me menti,

Só encontrei a verdade, Nas palmas da minha mão.”

Parece que ninguém bateu palmas, porque acharam fraquinho o poema vindo do fundo do poço onde estava a ruminar palha, a alma de um viajante de dimensões paralelas. Mas também para o Cromonauta não interessa. Decide descascar uma banana, quando subitamente, como um espelho a estilhaçar em milhões de pedaços, como é costume acontecer, volta á nossa dimensão.

Ouve o som chiante do carrinho que lhe vai trazer as papas de aveia para o pequeno almoço.

Finalmente vão-lhe tirar aquela camisa que o prende todo dia e toda a noite.

Durante cinco minutos é livre, volta á terra, para ganhar forças e tornar a ser, mais uma vez, o Cromonauta.

A papa está mesmo quente.

Há uma pinga de suor que lhe escorre pela testa, faz-lhe comichão.

Contorna-lhe a sobrancelha e aproxima-se da vista.

Quem vir até parece.

Mas o doido não está a chorar.

Aquilo não é uma lágrima, mas o sabor é o mesmo.

PRONTO EU MUDO A COR DO BLOG!!! Que queixinhas vocês são!

Ide pá casota! Roer o osso de borracha, que é a vossa realidade! Um osso de borracha!

Meus cães da areia!

2 comentários:

Anónimo disse...

Paranço da boneca no sentido literal da palavra, meu TONE!
Mas provas te que andas a estudar o diccionário e aprender umas palavras novas.....por isso, parabéns.=)

abraço juka!

king da russia.

Láu disse...

Andaste a comer cebola crua Pomba defecante, em conceitos projectuais alheios! Na esperança de deitar por terra espectativas de mais um valor na pauta :)

Tavas ceguinho...

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