A aplicação teórica de assuntos práticos e relativos á questão do ser adjudicado à alma do animal que nasce dentro de todos nós.

sábado, maio 13, 2006

Duh?

Ao certo, ninguém sabe donde ele veio.

Objecto de estudo, fruto de dezenas de teses académicas do mais alto gabarito, nenhuma delas conseguiu realmente deslindar as origens do mito.

Lendas urbanas surgiram aliadas ao seu nome e a sua fama tornou-se num monstruoso peso para a sociedade.


Dizem por ai, no mais puro folklore urbano, que a sua mãe, inocente trabalhadora da noite foi emprenhada pelo rebentamento pastoso dum furúnculo alojado na glande da gaita dum marinheiro holandês portador de brucelose. A vergonha de ter um filho assim fez com que a sua progenitora o escondesse numa corte de porcos alojada nas traseiras dum casebre de pedra perdida nos inóspitos montes de Fafe.

Criado como um porco desde a sua mais tenra infância, a percepção que tem da realidade consegue ser surpreendente.

Segundo as suas próprias palavras, no momento em que saiu da corte dos porcos, quando foi descoberto pelos meios de comunicação social,

“Os meios de robustez das pranchas enceradoras burguesas conseguem polir os filamentos fibrosos de todos os cabos inerentes á realidade alheia. Desta forma conseguimos com que os nossos próprios dentes sejam os nossos maiores inimigos. Não pensem que a gelatina rançosa a que estamos habituados a comer seja produto de anos de pesquisa mas sim que seja proveniente do esforço de milhares de babuínos que andam á solta pelas ruas da cidade. Largam pelo. É verdade mas pode ser que nos sejam úteis.”
Seguiu-se de um pequeno grunhido e o tipico coçar o cachaço sairrento contra a ombreira da porta, hábito tão característico dos nossos amigos suínos.


O certo é que ninguém percebeu nada.

A sua capacidade inata para vomitar palavras, autenticas descargas biliares verbais levaram a que conseguisse subir na vida duma forma extraordinária.


Nunca aprendeu a ler.

Nunca aprendeu a escrever.

Também não interessa.

O que interessa é que está lá.

2 comentários:

Má-Onda disse...

Aaaah, isso não digo! ;oD
Mas por acaso esse Borrão Merdoso irrita-me solenemente.
O porco pode ser ele. Ou não!

Ivânia disse...

Fenomenal...

Prémios

Prémios

Gente Interessada em Cultura de Topo

Quem é o coiso?

Guimarães, Minho, Portugal
Add to Technorati Favorites